Galera estamos chegando ao final de mais um ano, nesta reta final teremos pela frente alguns eventos já conhecidos como o o nosso tradicional RE x PA e a nossa confraternização que culmina com a eleição do nosso novo presidente. Até ai tudo bem se não fosse acontecer o Plebiscito sobre a divisão ou não do estado do Pará. Entendo que a nossa responsabilidade sobre o pleito do dia 11 de dezembro é muito grande tanto na votação quanto no estabelecimento do diálogo em relação a divisão ou não.
Por um lado as pesquisas mostram que a população paraense é contrária a divisão do Estado, mesmo possuindo parcas informações sobre o assunto. Por outro os divisionistas tentam nos convencer de que o esquartejamento do Estado será benéfico para todos.
Alguns questionamentos são necessários:
1 - Como os novos Estados caso sejam criados vão conseguir se estruturar se já vão nascer falidos e com uma divida de mais de 1 trilhão de reais cada um?
2 - No caso do Estado do Tapajós que ficará com a maior área de reserva florestal, quem garante de que não haverá devastação desenfreada da floresta amazônica e consequentemente o saqueamento dos minérios lá existentes, como o ouro por exemplo, através dos grileiros de terra como Daniel Dantas e outros?
3 - E o que falar no caso da criação do Estado do Carajás? Fica claro que os que defendem a criação do Carajás, na sua maioria são aqueles que não conseguiram se estabelecer politicamente em seus estados e também aqui no estado do Pará; e que de certa forma veem na possibilidade da divisão a grande oportunidade de comandar um Estado onde os desembargadores, juizes, auditores, promotores, TCE e comandantes todos indicados pelo novo governo e a VALE DO RIO DOCE a grande interessada nessa divisão sirvam para aumentar o seu poder e a riquesa.
4 - De que forma os novos governos irão consegurir recursos para construir os PALÁCIOS para que o governador, os juizes, os deputados estaduais e os presidiários e etc possam despachar????
5 - No caso da educação, onde o FUNDEB será a maior arrecadação dos novos estados e as experiências na maioria dos municipios nos tem mostrado que os gestores de forma irresponsável utilizam os recursos do fundo para outros fins deixando a educação a beira da falência. Caso os novos estados sejam criados os novos governantes irão indicar os membros do Conselho do FUNDEB podendo reconduzi-los por mais um mandato, ou seja a farra com o dinheiro público vai ser grande.
6 - Na saúde também não tem muita diferença, se os entes federados (Estados, Distrito Federal e Municípios) aplicassem corretamente as verbas destinadas a saúde nós não teriamos tantos óbitos e atestado de falência da saúde pública.
7 - É fundamental procurar entender um dos SLOGAN dos divisionista:"Dividir para multiplicar"; como é que vamos dividir o Estado em 3 com a intensão de "MELHORAR" se ao dividir o Estado tanto Carajás quanto tapajós irão ficar com a menor fatia da concentração de renda em relação ao Novo Estado do Pará, isso só reforça que a divisão é suicidio para os dois estados e que alguns estão querendo a divisão pura e simplesmente visando beneficios próprios.
Entendo que esse debate não se esgota aqui, esses são alguns elementos que estão postos e que podem ser contestados de forma saudavél por todas as posições favoráveis ou contrárias a divisão do estado. Devemos nos posicionar e fomentar o debate para que no dia 11 de dezembro tomemos a decisão mais acertada e coerente em relação a divisão ou não do Estado.
Mauro Borges
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