segunda-feira, 31 de outubro de 2011
CHÁ DE FRALDAS DO SORIN
Com a proximidade do nascimento do JOEMIR, filho do nosso ilustre irmão SORIN, ficou marcado para o dia 19 de novembro, logo após o nosso tradicional encontro futebolístico, o CHÁ DE FRALDAS do JOEMIR futuro craque da AFUSA. Lembrando que os sócios deverão levar fraldas tamanho "M" ou "G"
SOBRE O RE X PA
Galera ficou definido que a data do nosso RE X PA será no dia 17 de dezembro, com o indicativo da quadra do Colégio Santo Antonio e a confra no SINTEPP, faltando a confirmação dos locais, que somente ocorrerá no decorrer do dia 31 de outubro (segunda).
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Carta de um filho único
Mãe e pai, não sei muito bem por que comecei a escrever isto. E também não sei por que o faço em forma de carta, como se fosse mesmo possível estar a dizer-vos estas coisas, como se fosse possível que as escutásseis.
Deve ser porque há alturas na vida em que fazemos um balanço, ou em que sentimos necessidade de descobrir sentidos, de pensar em causas e conseqüências. E há pensamentos que só ganham a sua dimensão dentro de nós quando os dizemos a alguém, ainda que seja assim como o estou a fazer.
É claro que a mãe e o pai são as pessoas a quem mais devo, por quem tenho maior gratidão. Como poderia ser de outra forma? É claro que o que vou dizer não é uma crítica, até porque não sei se seria capaz de fazer melhor se estivesse no vosso lugar. O que fizestes por mim tem muitíssimo mais valor – está noutro plano – do que aquilo que não fizestes ou poderíeis ter feito melhor. Esta carta é assim como pensar em voz alta, e sei que não me levaríeis a mal se pudésseis ler estas palavras.
Procurastes, desde que era criança, tornar-me a vida fácil. O vosso amor levou-vos a afastar de mim os obstáculos e os esforços. Mas também a possibilidade de adquirir experiência. Também a possibilidade de me tornar uma pessoa corajosa.
Foi muito mais tarde que aprendi a perder, que soube que a vida não podia ser exatamente como desejava, que compreendi que devia adaptar-me, ceder, crescer dentro de mim para alcançar objetivos. Como custou então! Tive de aprender tudo isto não nas coisas pequenas da infância, mas nas grandes; não naquilo que teria remédio fácil, mas no que não tinha remédio; não dentro das paredes acolhedoras do lar, mas na grande casa, cheia de vento, da vida. E ainda não aprendi totalmente. Ainda sou muitas vezes a figura da desilusão. Há muitos dias em que viver me enraivece.
Destes-me tantas coisas! Ainda agora me vêm por vezes à recordação roupas bonitas que vesti, brinquedos que me deliciaram, guloseimas… Por que não me destes o vosso tempo? Como eu seria agora feliz se tivéssemos vivido na rua, numa barraca, à chuva talvez, mas abraçados, cantando, apoiando-nos uns nos outros! Pai, se tu soubesses quantas coisas te quis contar e não pude…
Para que queria eu uma televisão no quarto? E jogos eletrônicos? Não passaram de parênteses na minha vida: tempo que perdi, tempo que me foi roubado, tempo em que estive só.
Eu agora sei bem que os melhores brinquedos são os irmãos. Brinquedos vivos, que dão e recebem, que nos fazem crescer e crescem também pelas nossas mãos. Que se transformam depois em grandes amigos para toda a vida, em companhia sempre presente de uma maneira ou de outra, em refúgio e estímulo. Em algo que fica quando se perde tudo aquilo a que nos conduziu a nossa loucura, quando se perde o que o tempo nos vai levando.
E se soubésseis como me tem custado relacionar-me com outras pessoas: colegas, companheiros, amigos… Se eu tivesse tido irmãos, teria aprendido desde muito cedo a limar essas arestas normais da convivência. Saberia desde muito cedo o que é um rapaz, uma rapariga, uma mulher, um homem. Há coisas tão difíceis, que nenhum livro ensina! Por que não me destes irmãos?
Há dias li num jornal uma senhora dizer que só tinha um filho porque ter outro era muito caro. Não acredito em que, no nosso caso, tenha sido por uma razão como esta! Lembro-me muito bem de me terdes ensinado que devemos ser generosos. Mãe, tu fizeste contas? Fizeste contas, pai? Como quando compraste o automóvel? Eu também não teria existido se naquela altura tivésseis uns reais a menos no banco? É possível que eu seja resultado das vossas contas e não do vosso amor? É claro que não acredito. Sempre me ensinastes que o amor resolve todos os problemas.
Hoje fico por aqui. Em breve vos escreverei de novo.
(Paulo Geraldo)
sábado, 15 de outubro de 2011
FUTSAL, PORQUE NÃO OLIMPICO?
Em setembro de 2010, fiz uma abordagem sobre a história do Futebol de salão, em alguns pontos tudo de acordo com a maioria dos pesquisadores do assunto. Na abordagem toquei em um ponto polêmico, em uma seara que poucas pessoas se permitem dialogar, é o ponto mais neuvrágico sobre a existência do Futebol de Salão, o FUTSAL Olímpico, naquele momento eu afirmava que o futsal não iria fazer parte dos Jogos Pan-americanos de Guadalajara.
Ao assistir a abertura do Pan de Guadalajara e após verificar a programação dos Jogos, não foi nenhuma surpresa constatar o que eu já havia previsto, em setembro de 2010 sobre o futuro do FUTSAL, ou seja, o FUTSAL não faz parte do Pan de Guadalajara.
Entendo que o FUTSAL é maior que a vaidade dos seus dirigentes e não pode ser penalizado por aqueles que visam o lucro em detrimento do crescimento do Esporte. Já passou da hora da FIFUSA e da FIFA chegarem a um acordo e permitirem que o FUTSAL possa se estabelecer enquanto Esporte Olímpico.
Relembrando um pouco o surgimento do FUTSAL, vimos que surgiu na América do Sul, independentemente de Uruguai ou Brasil, o FUTSAL surgiu em um país de 3º mundo, não nasceu entre os nobres como o futebol e em momento algum foi um esporte elitizado e o pior era um esporte praticado em locais adaptados e que não tinham apelo de público e menos ainda de mídia; isso fez com que a toda poderosa FIFA não reconhecesse o FUTSAL enquanto esporte. Mas o FUTSAL precisava se organizar, em 25 de Julho de 1971 em São Paulo numa iniciativa da CBD e da CSAFS (Confederação Sul Americana de Futebol de Salão), com a presença de representantes do Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai foi fundada a Federação Internacional de Futebol de Salão - FIFUSA, o seu primeiro presidente do conselho executivo foi João Havelange, que comandou de 1971 á 1975, percebemos ai que o primeiro mandatário do FUTSAL no planeta também era quem mandava na FIFA. Vimos que a FIFA teve a oportunidade de organizar o FUTSAL e não deu importância para o novo esporte.
Não podemos perder de vista que a FIFA só passou a ter interesse pelo FUTSAL no final da década de 1980, o FUTSAL havia decolado e passava a ocupar espaço na televisão, conquistava mercado através de novos patrocinadores, com isso atraía o público para os ginásios em competições de alto nível fazendo com que gerasse receitas, ou seja, lucro. A partir do momento em que o FUTSAL passa a gerar lucro a FIFA mostra grande interesse em gerenciar o FUTSAL no mundo e numa tentativa frustrada de encampar a FIFUSA, onde apenas dois países aceitaram a fusão entre FIFA/FIFUSA, que foram o Brasil e a Espanha. A FIFA de forma autoritária obrigou os países filiados a praticarem um esporte parecido com o FUTSAL, o FUTEBOL DE CINCO que utilizou grandes nomes do FUTEBOL mundial. Apesar de um apelo midiático e do grande investimento da FIFA esse formato não deu certo e desde então a FIFA adotou a sigla FUTSAL e fez algumas alterações nas regras do Futebol de Salão com a intenção de tomá-lo para si e transformá-lo em esporte Olímpico.
Continuo afirmando que apesar da boa intenção do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) em pleitear que o FUTSAL passe a ser reconhecido enquanto olímpico essa situação somente será resolvida quando a FIFUSA e a FIFA entrarem em entendimento de quem realmente tem a gerencia sobre o FUTSAL, pois o COI (Comitê Olímpico Internacional) para reconhecer o esporte enquanto olímpico exige que o esporte seja organizado a nível mundial por apenas uma entidade, o que não acontece com o FUTSAL desde o final da década de 80.
Professor Mauro Borges
Ao assistir a abertura do Pan de Guadalajara e após verificar a programação dos Jogos, não foi nenhuma surpresa constatar o que eu já havia previsto, em setembro de 2010 sobre o futuro do FUTSAL, ou seja, o FUTSAL não faz parte do Pan de Guadalajara.
Entendo que o FUTSAL é maior que a vaidade dos seus dirigentes e não pode ser penalizado por aqueles que visam o lucro em detrimento do crescimento do Esporte. Já passou da hora da FIFUSA e da FIFA chegarem a um acordo e permitirem que o FUTSAL possa se estabelecer enquanto Esporte Olímpico.
Relembrando um pouco o surgimento do FUTSAL, vimos que surgiu na América do Sul, independentemente de Uruguai ou Brasil, o FUTSAL surgiu em um país de 3º mundo, não nasceu entre os nobres como o futebol e em momento algum foi um esporte elitizado e o pior era um esporte praticado em locais adaptados e que não tinham apelo de público e menos ainda de mídia; isso fez com que a toda poderosa FIFA não reconhecesse o FUTSAL enquanto esporte. Mas o FUTSAL precisava se organizar, em 25 de Julho de 1971 em São Paulo numa iniciativa da CBD e da CSAFS (Confederação Sul Americana de Futebol de Salão), com a presença de representantes do Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai foi fundada a Federação Internacional de Futebol de Salão - FIFUSA, o seu primeiro presidente do conselho executivo foi João Havelange, que comandou de 1971 á 1975, percebemos ai que o primeiro mandatário do FUTSAL no planeta também era quem mandava na FIFA. Vimos que a FIFA teve a oportunidade de organizar o FUTSAL e não deu importância para o novo esporte.
Não podemos perder de vista que a FIFA só passou a ter interesse pelo FUTSAL no final da década de 1980, o FUTSAL havia decolado e passava a ocupar espaço na televisão, conquistava mercado através de novos patrocinadores, com isso atraía o público para os ginásios em competições de alto nível fazendo com que gerasse receitas, ou seja, lucro. A partir do momento em que o FUTSAL passa a gerar lucro a FIFA mostra grande interesse em gerenciar o FUTSAL no mundo e numa tentativa frustrada de encampar a FIFUSA, onde apenas dois países aceitaram a fusão entre FIFA/FIFUSA, que foram o Brasil e a Espanha. A FIFA de forma autoritária obrigou os países filiados a praticarem um esporte parecido com o FUTSAL, o FUTEBOL DE CINCO que utilizou grandes nomes do FUTEBOL mundial. Apesar de um apelo midiático e do grande investimento da FIFA esse formato não deu certo e desde então a FIFA adotou a sigla FUTSAL e fez algumas alterações nas regras do Futebol de Salão com a intenção de tomá-lo para si e transformá-lo em esporte Olímpico.
Continuo afirmando que apesar da boa intenção do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) em pleitear que o FUTSAL passe a ser reconhecido enquanto olímpico essa situação somente será resolvida quando a FIFUSA e a FIFA entrarem em entendimento de quem realmente tem a gerencia sobre o FUTSAL, pois o COI (Comitê Olímpico Internacional) para reconhecer o esporte enquanto olímpico exige que o esporte seja organizado a nível mundial por apenas uma entidade, o que não acontece com o FUTSAL desde o final da década de 80.
Professor Mauro Borges
terça-feira, 11 de outubro de 2011
A divisão do Pará e nós com isso?
Galera estamos chegando ao final de mais um ano, nesta reta final teremos pela frente alguns eventos já conhecidos como o o nosso tradicional RE x PA e a nossa confraternização que culmina com a eleição do nosso novo presidente. Até ai tudo bem se não fosse acontecer o Plebiscito sobre a divisão ou não do estado do Pará. Entendo que a nossa responsabilidade sobre o pleito do dia 11 de dezembro é muito grande tanto na votação quanto no estabelecimento do diálogo em relação a divisão ou não.
Por um lado as pesquisas mostram que a população paraense é contrária a divisão do Estado, mesmo possuindo parcas informações sobre o assunto. Por outro os divisionistas tentam nos convencer de que o esquartejamento do Estado será benéfico para todos.
Alguns questionamentos são necessários:
1 - Como os novos Estados caso sejam criados vão conseguir se estruturar se já vão nascer falidos e com uma divida de mais de 1 trilhão de reais cada um?
2 - No caso do Estado do Tapajós que ficará com a maior área de reserva florestal, quem garante de que não haverá devastação desenfreada da floresta amazônica e consequentemente o saqueamento dos minérios lá existentes, como o ouro por exemplo, através dos grileiros de terra como Daniel Dantas e outros?
3 - E o que falar no caso da criação do Estado do Carajás? Fica claro que os que defendem a criação do Carajás, na sua maioria são aqueles que não conseguiram se estabelecer politicamente em seus estados e também aqui no estado do Pará; e que de certa forma veem na possibilidade da divisão a grande oportunidade de comandar um Estado onde os desembargadores, juizes, auditores, promotores, TCE e comandantes todos indicados pelo novo governo e a VALE DO RIO DOCE a grande interessada nessa divisão sirvam para aumentar o seu poder e a riquesa.
4 - De que forma os novos governos irão consegurir recursos para construir os PALÁCIOS para que o governador, os juizes, os deputados estaduais e os presidiários e etc possam despachar????
5 - No caso da educação, onde o FUNDEB será a maior arrecadação dos novos estados e as experiências na maioria dos municipios nos tem mostrado que os gestores de forma irresponsável utilizam os recursos do fundo para outros fins deixando a educação a beira da falência. Caso os novos estados sejam criados os novos governantes irão indicar os membros do Conselho do FUNDEB podendo reconduzi-los por mais um mandato, ou seja a farra com o dinheiro público vai ser grande.
6 - Na saúde também não tem muita diferença, se os entes federados (Estados, Distrito Federal e Municípios) aplicassem corretamente as verbas destinadas a saúde nós não teriamos tantos óbitos e atestado de falência da saúde pública.
7 - É fundamental procurar entender um dos SLOGAN dos divisionista:"Dividir para multiplicar"; como é que vamos dividir o Estado em 3 com a intensão de "MELHORAR" se ao dividir o Estado tanto Carajás quanto tapajós irão ficar com a menor fatia da concentração de renda em relação ao Novo Estado do Pará, isso só reforça que a divisão é suicidio para os dois estados e que alguns estão querendo a divisão pura e simplesmente visando beneficios próprios.
Entendo que esse debate não se esgota aqui, esses são alguns elementos que estão postos e que podem ser contestados de forma saudavél por todas as posições favoráveis ou contrárias a divisão do estado. Devemos nos posicionar e fomentar o debate para que no dia 11 de dezembro tomemos a decisão mais acertada e coerente em relação a divisão ou não do Estado.
Mauro Borges
Por um lado as pesquisas mostram que a população paraense é contrária a divisão do Estado, mesmo possuindo parcas informações sobre o assunto. Por outro os divisionistas tentam nos convencer de que o esquartejamento do Estado será benéfico para todos.
Alguns questionamentos são necessários:
1 - Como os novos Estados caso sejam criados vão conseguir se estruturar se já vão nascer falidos e com uma divida de mais de 1 trilhão de reais cada um?
2 - No caso do Estado do Tapajós que ficará com a maior área de reserva florestal, quem garante de que não haverá devastação desenfreada da floresta amazônica e consequentemente o saqueamento dos minérios lá existentes, como o ouro por exemplo, através dos grileiros de terra como Daniel Dantas e outros?
3 - E o que falar no caso da criação do Estado do Carajás? Fica claro que os que defendem a criação do Carajás, na sua maioria são aqueles que não conseguiram se estabelecer politicamente em seus estados e também aqui no estado do Pará; e que de certa forma veem na possibilidade da divisão a grande oportunidade de comandar um Estado onde os desembargadores, juizes, auditores, promotores, TCE e comandantes todos indicados pelo novo governo e a VALE DO RIO DOCE a grande interessada nessa divisão sirvam para aumentar o seu poder e a riquesa.
4 - De que forma os novos governos irão consegurir recursos para construir os PALÁCIOS para que o governador, os juizes, os deputados estaduais e os presidiários e etc possam despachar????
5 - No caso da educação, onde o FUNDEB será a maior arrecadação dos novos estados e as experiências na maioria dos municipios nos tem mostrado que os gestores de forma irresponsável utilizam os recursos do fundo para outros fins deixando a educação a beira da falência. Caso os novos estados sejam criados os novos governantes irão indicar os membros do Conselho do FUNDEB podendo reconduzi-los por mais um mandato, ou seja a farra com o dinheiro público vai ser grande.
6 - Na saúde também não tem muita diferença, se os entes federados (Estados, Distrito Federal e Municípios) aplicassem corretamente as verbas destinadas a saúde nós não teriamos tantos óbitos e atestado de falência da saúde pública.
7 - É fundamental procurar entender um dos SLOGAN dos divisionista:"Dividir para multiplicar"; como é que vamos dividir o Estado em 3 com a intensão de "MELHORAR" se ao dividir o Estado tanto Carajás quanto tapajós irão ficar com a menor fatia da concentração de renda em relação ao Novo Estado do Pará, isso só reforça que a divisão é suicidio para os dois estados e que alguns estão querendo a divisão pura e simplesmente visando beneficios próprios.
Entendo que esse debate não se esgota aqui, esses são alguns elementos que estão postos e que podem ser contestados de forma saudavél por todas as posições favoráveis ou contrárias a divisão do estado. Devemos nos posicionar e fomentar o debate para que no dia 11 de dezembro tomemos a decisão mais acertada e coerente em relação a divisão ou não do Estado.
Mauro Borges
Assinar:
Postagens (Atom)