TYLON MAUÉS
Da Redação
Paysandu e Remo deixaram o gramado do Mangueirão ontem à noite, comemorando o empate em 1 a 1. No Re-Pa da queda de braço entre Governo do Estado e Ministério Público, o Papão fez festa porque o time mostrou, finalmente, uma evolução em relação ao que começou o Campeonato Paraense de forma titubeante. O Leão, porque a equipe não teve uma grande atuação e soube segurar o adversário com um homem a menos por todo o segundo tempo. Os azulinos se mantiveram na liderança da competição, com dez pontos. Os bicolores vêm logo em seguida, com oito.
O jogo foi como se esperava. Nervoso em alguns momentos, com poucas chances de gols e com tentos decididos em pequenos detalhes. Quem mais mostrou força foi a torcida. Não houve a presença que tradicionalmente se vê nos Re-Pas, mas 26 mil torcedores - oficialmente - estiveram no estádio e mostraram que são eles a principal força do futebol paraense. Sábado de manhã, quando as negociações para a liberação do estádio estavam a todo vapor, bicolores e azulinos se amontoavam nas bilheterias de Curuzu e Baenão para comprar ingressos, mesmo sem a certeza de que haveria o clássico. Não fosse toda a confusão que envolveu a partida e o fato de que o Mangueirão não pôde ser liberado em sua totalidade, era provável que houvesse recorde de público em Belém.
Com a bola rolando, o que se viu foi algo que só um clássico pode explicar. Sem convencer até então, o Paysandu mostrou-se bem mais organizado. O Remo, que vinha sobrando na competição, talvez tenha se surpreendido com a postura do rival e demorou a se achar em. O Papão tinha maior posse de bola e marcava os dois melhores jogadores do Leão, os meias Vélber e Gian, mas nenhuma das equipes conseguia criar boas jogadas de ataque.
Foi aí que veio o lance capital do primeiro tempo. O volante Ramon, do Remo, recebeu o segundo cartão amarelo, foi expulso e, coincidência ou não, desencadeou os cinco melhores minutos da partida. Em seu lugar entrou Marlon que, no primeiro lance, perdeu a bola no meio-de-campo e propiciou o ataque bicolor. O centroavante Luciano Dias recebeu na direita e cruzou para o atacante Moisés antecipar-se à zaga para abrir o placar.
fonte: O LIBERAL, 08/02/2010
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